Nos EUA, “Alcatraz” estreou no dia 16 de janeiro com a exibição dos dois primeiros episódios, registrando a média de 10.05 milhões de telespectadores ao vivo, com 3.3/8 de rating/share do público alvo do anunciante. Acredita-se que esta produção esteja sendo testada pelo canal Fox para avaliar o interesse do público em comparação à “Fringe”, outra produção de Abrams, que luta para sobreviver. Pelo que se vê em seu primeiro episódio, “Alcatraz”, que reutiliza ideias e elementos vistos em outras produções, traz uma proposta mais fácil de se acompanhar que “Fringe”, proporcionando um potencial de público maior.
A série apresenta as investigações em torno de misteriosas ocorrências na ilha de Alcatraz, localizada na área de São Francisco. Há cerca de 50 anos, 302 prisioneiros desapareceram da ilha sem deixar pistas. Sem mais nem menos, essas pessoas reaparecem no tempo presente sem ter envelhecido um dia sequer.
Rebecca Madsen (Sarah Jones), encarregada de investigar um homicídio, descobre que Jack Sylvane (Jeffrey Pierce), um prisioneiro que cumpriu pena em Alcatraz, é o principal suspeito do crime. O fato leva Rebecca a buscar o auxílio de seu tio, Ray Archer (Robert Forster), ex-carcereiro da prisão, e do Dr. Diego Soto (Jorge Garcia), especialista na história de Alcatraz. Mas as investigações de Rebecca chamam a atenção do agente do governo Emerson Hauser (Sam Neill), que tenta impedi-la de continuar no caso.
No elenco também estão Jonny Coyne, como Edwin James, ex-diretor de Alcatraz, Jason Butler Harner, como E.B. Tiller, ex-vice-diretor, e Parminder Nagra, como Lucy Banerjee, assistente de Hauser, entre outros.
A série traz uma abordagem procedimental, na qual temos Rebecca e seu grupo solucionando um caso por episódio, relacionado a cada prisioneiro desaparecido de Alcatraz. Assim sendo, podemos concluir que os produtores planejam, pelo menos, 302 episódios para a série. Em paralelo será desenvolvido os mistérios em torno dos desaparecimentos. Quem está por trás de tudo isso? Qual seu propósito? Como realizou essa ‘mágica’? Por que, ao retornar, os prisioneiros obedecem ordens de alguém que provavelmente não conhecem, realizando missões que eles não parecem compreender do que se tratam?
Pela proposta inicial, a série corre o risco de se desgastar rapidamente, pois a solução do mistério seria adiada para não encerrar a produção. Por outro lado, se os produtores utilizarem a solução deste mistério como uma passagem para algo maior, “Alcatraz” poderá, com o tempo, se transformar em uma outra série.
A narrativa de “Alcatraz” apresenta duas linhas de tempo/espaço, algo que já está se tornando uma característica das produções de Abrams. Assim sendo, o telespectador acompanha a série no tempo presente e no passado, mais precisamente na década de 1960, quando somos apresentados à história do prisioneiro que será visto em cada episódio. Se a história do prisioneiro predominar na trama de cada episódio, esta abordagem levará a série a se aproximar de uma estrutura antológica.
Antes mesmo de sua estreia, a produção sofreu algumas mudanças. Criada por Steven Lilien, Bryan Wynbrandt e Elizabeth Sarnoff, a série teve um primeiro roteiro escrito por Lilien e Wynbrandt. Insatisfeita com o resultado, Sarnoff reescreveu o episódio piloto. Mas, depois de iniciada a produção da série, ela se afastou da equipe de produtores alegando diferenças criativas. Mudanças foram feitas no rumo da trama e cenas dos sete primeiros episódios foram refeitas.
Filmada em Vancouver, Canadá, a primeira temporada de “Alcatraz” tem 13 episódios produzidos
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