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Sexo compulsivo: o prazer doentio





Michael Fassbender interpreta homem viciado em sexo em "Shame"


  • Michael Fassbender em cena de "Shame"

O ator alemão Michael Fassbender representa um viciado em sexo em "Shame", filme do vídeo artista britânico Steve McQueen que disputou o prêmio máximo no festival de Veneza em 2011.

Fassbender - que despontou em "Bastardos Inglórios" (2009) e também será visto em breve como o psicanalista Carl Jung no novo filme de David Cronenberg, "Um Método Perigoso" - é Brandon, um charmoso executivo de trinta e poucos anos morando em Nova York, cuja única distração é seduzir mulheres, se masturbar em casa ou no escritório e buscar sexo na Internet.

O ritmo da sua vida começa a desmoronar quando sua carente irmã Sissy, representada por Carey Mulligan, chega para uma visita surpresa.

Sua presença e desejo pela atenção de Brandon desorganizam ainda mais a existência solitária do executivo, e sua única saída parece ser rondar pelas ruas à noite em busca de novas aventuras sexuais.

Fassbender, cuja atuação lhe rendeu o prêmio de melhor ator em Veneza no último ano, disse à imprensa, durante o festival, que participar das cenas sexuais do filme não foi fácil.

"Sim, foi desconfortável fazer as cenas de sexo", afirmou. "O mais importante foi que todos os envolvidos se sentiram o mais confortável que puderam. E eles simplesmente se lançaram e fizeram o que tinha de ser feito, então não tivemos de repetir muitas tomadas."

McQueen, cujo filme de estreia foi o aplaudido "Hunger", sobre os últimos meses do ativista do IRA Bobby Sands na prisão Maze, de Belfast, disse ver similaridades entre os dois filmes. "Hunger" também tinha Fassbender como protagonista.

"'Hunger' claramente era um filme político, mas 'Shame' também é político. Aquele era sobre uma prisão na Irlanda do Norte, esse é sobre como a liberdade de alguém pode aprisioná-lo", afirmou.


Comentários

  1. Mamateiro

    pq nao falam tmb das mulheres viciadas em sexo?


Viciado em sexo: Como saber se você é um (a)

Como saber se a sua vida sexual é saudável e ou se você está passando do limite? Afinal, gostar de fazer sexo é normal – mas até que ponto? O que separa a vontade normal da obsessão?

De acordo com especialistas a maneira de saber se você é viciado em sexo é analisar quando as relações sexuais começam a atrapalhar outros campos de sua vida – relacionamentos, família, trabalho e estudos.

No caso do vício em sexo, o comportamento normalmente vem associado a uma angústia e à vergonha. Veja o exemplo do golfista Tiger Woods – a carreira dele sofreu um impacto terrível, assim como sua vida familiar e amorosa.

Não é incomum que pessoas que sejam viciados em sexo tenham sofrido traumas relacionados à sexualidade, até mesmo abusos na infância. E é difícil diagnosticar a obsessão por sexo quando, na verdade, ela pode ser um sintoma de algum outro problema, como bipolaridade – e, de acordo com psiquiatras, há vários outros problemas menos comuns que podem ser confundidos com compulsão por sexo.

Os especialistas alertam que a parte mais prazerosa para o viciado em sexo acaba não sendo o ato em si, mas o planejamento dele. Depois que acaba, vem o arrependimento e a vergonha. Pessoas que fazem muito sexo por prazer não se sentem mal depois. Pessoas compulsivas sentem uma verdadeira angústia. [NY Times]




Esqueça o Michael Douglas. Esqueça aqueles filmes anunciados na locadora, apresentando atletas sexuais e orgias. Quando o assunto é sexo patológico, essas são as primeiras imagens que vêm à mente, mas não necessariamente correspondem à verdade. A pessoa que sofre desse mal nem sempre faz ou pensa mais em sexo do que seu vizinho: o diferencial está no estrago que esse comportamento acarreta em sua vida pessoal e profissional.
O sexo compulsivo é algo difícil de definir com precisão. O número de relações sexuais por semana nem sempre é um bom indicador do problema, pois varia até mesmo de país a país, segundo a cultura. De acordo com um estudo divulgado no ano passado, que ouviu 26 mil homens e mulheres, entre 40 e 80 anos, em 28 países, 75% dos brasileiros entrevistados disseram fazer sexo uma ou mais vezes por semana. Nos Estados Unidos, essa porcentagem cai para 59%, batendo nos 21% no caso do Japão, ainda segundo o Estudo Global sobre Atitudes e Comportamentos Sexuais, pesquisa patrocinada por um laboratório farmacêutico.

A compulsão sexual é uma dependência, define o psiquiatra Aderbal Vieira Júnior, coordenador do Ambulatório de Tratamento do Sexo Patológico, do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes), da Unifesp. "O 'vício' em sexo é uma variante daquele em drogas ou em jogo, o funcionamento é o mesmo, afirma. Para o psiquiatra, o sexo patológico é diagnosticado quando a pessoa perde a liberdade por não conseguir controlar os seus impulsos.

A advogada Angela, de 37 anos, começou as suas "escapadas" via internet. "Depois do trabalho, entrava em bate-papos por distração", conta. Com o tempo, passou a marcar encontros com os homens que conhecia on-line. "No começo, levava um tempo para me acertar com eles, até ir para a cama. Só que esse tempo foi diminuindo e passei a marcar encontros só para sexo fácil, rápido, sem vínculos ou armadilhas", relata a advogada. As "escapadas", como diz, que ocorriam uma ou duas vezes por semana, começaram a atropelar a sua vida. "Para uma pessoa que é casada, trabalha, tem responsabilidade e rotina, dedicar-se a isso exige um esforço significativo. Perdia noites de sono na internet, à busca de pessoas disponíveis, desmarcava compromissos e sem querer afastei-me do meu marido e da minha vida. Eu considerava que tinha um casamento bacana, uma vida sexual legal com o meu marido, mas, mesmo assim, tinha outra vida, cheia de riscos", declara.





Eu sou viciado em sexo"

O drama de quem perdeu a família, o emprego e até a saúde para atender a um desejo insaciável e doentio. Como identificar e tratar esse distúrbio do prazer

Ricardo, engenheiro carioca de 41 anos, passou grande parte de seus anos de faculdade na noite. Saía desde terça-feira e se achava um garanhão: fazia sucesso com as amigas dos amigos. Quando não havia mais a quem ser apresentado, Ricardo passou a dedicar cada vez mais tempo a encontrar novas parceiras. Os amigos, as conversas e mesmo os estudos foram ficando para trás. A qualquer lugar que ia, sua preocupação era encontrar mulheres. A urgência era tão grande que um dia foi pego por um policial fazendo sexo com uma mulher dentro do carro, na Lagoa Rodrigo de Freitas. Por pouco não foi parar na delegacia. Desconfiou que tinha um problema quando a fixação no sexo o levou a trancar a faculdade.

Mário, um profissional de saúde paranaense de 40 anos, tinha um bom relacionamento com a mulher, mas sempre se sentiu atraído por homens. Nunca transformara o desejo em prática, até que, num bate-papo on-line, marcou encontro com um desconhecido. Depois do primeiro, seguiram-se vários nos dois anos seguintes. Em uma semana, foram oito. Mário nem sabia seus nomes. Envergonhava-se daquele comportamento e o escondia. Um dia, descuidou-se. Deixou o programa de chat aberto no computador. A mulher descobriu e, arrasada, pediu a separação. Depois do divórcio, Mário entrou em depressão, começou a beber e, com medo de se tornar dependente de álcool, decidiu buscar ajuda. Descobriu no Alcoólicos Anônimos que seu problema não era a bebida, mas o sexo.

• Hugo, um corretor de seguros de 40 anos, de Fortaleza, tentou três vezes seduzir a própria sogra. Colocou a culpa na bebida, mas era só a fantasia crescendo. Quando ia para a praia, tinha de se masturbar no mar e, mesmo casado, tinha relações com várias mulheres, prostitutas entre elas. Chegou a pagar passagem de avião e hospedagem para uma delas visitá-lo. Um dia, voltando de uma festa em que não tinha ficado com ninguém, decidiu passar pela Avenida Beira-Mar, ponto de programas. Com o cartão de crédito estourado e sem dinheiro no banco, foi parar na casa de uma prostituta na favela e pagou com um tíquete-refeição. Nesse momento, percebeu que sua relação com o sexo não era como a de seus amigos.

• Caio, um produtor musical de 48 anos, de São Paulo, viu sua vida sexual com a mulher murchar depois do nascimento da primeira filha. Na mesma época, suas viagens a trabalho se intensificaram. Longe de casa, num ambiente de festas, drogas e sexo, começou a ter aventuras. Durante a semana, voltava para a família e se acalmava. Mas a ansiedade por novos encontros aumentou, e Caio chegou a se hospedar sozinho num hotel em São Paulo em busca de mulheres. Numa das viagens de trabalho, numa festa, bebeu um pouco a mais e acabou ficando com um homem, mesmo sem nunca ter tido experiências homossexuais. Sua mulher desconfiou quando descobriu uma doença venérea.

• Cátia, uma economista de 54 anos que mora no Rio de Janeiro, não teve muitos parceiros. Mas sua vida era tragada pelo sexo dentro dos relacionamentos. Passou uma semana trancada no quarto, deixando para trás o trabalho num órgão público e o cuidado com as duas filhas. A necessidade de sexo se sobrepunha até às orientações médicas de parar de transar durante tratamentos ginecológicos. Depois de várias relações intensas e destrutivas, Cátia perdeu o controle sobre o próprio desejo. Com o fim do último relacionamento, passou a se masturbar dirigindo e também no ambiente de trabalho.

Dependência de sexo, comportamento sexual compulsivo e transtorno hipersexual. Há dúvidas sobre como classificar o distúrbio de Ricardo, Mário, Hugo, Caio e Cátia (os nomes são falsos), que acabaram buscando ajuda médica ou psicológica. O debate sobre o que os aflige acontece há mais de um século. A primeira referência vem do psiquiatra alemão Richard von Krafft-Ebing, em seu livro Psicopatias sexuais, de 1886. Na obra, ele tenta categorizar o que chama de “desvios sexuais”. Discute a homossexualidade, o sadismo, o fetichismo e o que antigamente se chamava de ninfomania, o excesso feminino de sexo. Muitos dos comportamentos que Krafft-Ebing descreveu deixaram de ser considerados patológicos ao longo dos anos, das mudanças sociais e do avanço das pesquisas. O caso mais notório é a homossexualidade.

Mas o “desejo sexual excessivo” entrou para o rol do Código Internacional de Doenças, publicado pela Organização Mundial da Saúde. A quarta edição do Manual estatístico de doenças mentais (DSM, na sigla em inglês), a referência dos diagnósticos psiquiátricos, não tem uma categoria própria para o problema. Cita o comportamento sexual excessivo entre os “transtornos sexuais não especificados”. A próxima edição do DSM, prevista para 2013, deverá incluir uma menção a “transtorno hipersexual”.

É pouco provável, porém, que a nova classificação encerre o debate. Por dois motivos. Primeiro, porque sempre foi e será difícil estabelecer os parâmetros de normalidade do comportamento sexual humano. Não existe um limite ideal para o número de orgasmos ou para o tempo gasto com fantasias ou relações sexuais. Segundo, porque a quantidade de sexo, como sugere o termo “hipersexualidade”, não é o fator decisivo para o diagnóstico. “A dependência sexual não tem a ver com a intensidade da atividade sexual. Nem com sua frequência”, disse a ÉPOCA o psicólogo americano Patrick Carnes, fundador do International Institute for Trauma and Addiction Professionals e um dos pioneiros do estudo da dependência sexual. “A principal marca do vício são as consequências que alguém sofre por causa de sua atividade sexual.” Se a pessoa perde o emprego, para de estudar ou se afasta da família por causa do sexo, é sinal de que há algo errado. “Quando alguém passa todo o tempo pensando em sexo, planejando, fazendo e se arrependendo, em vez de trabalhar, curtir a família, os amigos e outras atividades prazerosas, é um problema”, afirma Carnes.


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